Francisco de Orellana (1511–1546) foi um conquistador e explorador espanhol conhecido por ser o primeiro europeu a navegar a totalidade do Rio Amazonas. Sua expedição épica revelou uma das maiores bacias hidrográficas do mundo e deixou um legado duradouro na história da exploração sul-americana.
A Jornada Inicial
Orellana chegou ao Novo Mundo durante a expansão espanhola e inicialmente participou da conquista do atual Equador, estabelecendo-se em Guayaquil. Em 1541, juntou-se à expedição liderada por Gonzalo Pizarro, com o objetivo de explorar a região a leste dos Andes em busca de “El Dorado”, a lendária cidade de ouro.
A Separação e o Início da Grande Expedição
Durante a difícil travessia da floresta amazônica, o grupo enfrentou fome e doenças. Para encontrar suprimentos, Orellana foi enviado à frente com um pequeno grupo. No entanto, a correnteza do rio impediu seu retorno ao encontro de Pizarro. Sem alternativas, decidiu seguir rio abaixo, iniciando a histórica jornada pelo Amazonas.
Descoberta e Primeiros Contatos
Enquanto desciam o rio, Orellana e seus homens entraram em contato com várias comunidades indígenas. Relatos da expedição mencionaram resistência e conflitos, mas também trocas culturais e ajuda mútua em algumas regiões.
Orellana e seus homens também reportaram ter visto guerreiras indígenas, inspirando os europeus a nomearem o rio de “Amazonas”, em referência às amazonas da mitologia grega.
Conclusão da Expedição
Após oito meses de uma jornada exaustiva e cheia de desafios, a expedição chegou ao Atlântico, em agosto de 1542. Orellana retornou à Espanha e narrou suas experiências ao rei Carlos V, destacando a importância estratégica e econômica da Amazônia.
Retorno e Morte
Em 1545, Orellana recebeu autorização para uma nova expedição à Amazônia, com o objetivo de colonizar a região. No entanto, a empreitada foi mal planejada, e ele morreu em 1546, provavelmente de febre ou desnutrição, próximo à foz do rio.
Legado
Francisco de Orellana deixou um legado duradouro como um dos grandes exploradores do século XVI. Sua navegação pelo Amazonas revelou ao mundo europeu a vastidão e a diversidade da maior floresta tropical do planeta. Embora tenha enfrentado controvérsias e dificuldades, sua história é um marco da era das grandes navegações e descobertas.